segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A Aprendizagem ao Longo da Vida (resumo da aula/debate virtual I)

A aprendizagem ao longo da vida é fundamental nesta nova sociedade do conhecimento. 
A ALV implica a construção de saberes estruturantes que permitam continuar a realizar aprendizagens durante todo o percurso de vida, saberes esses resultantes da integração de conhecimentos e capacidades de diferente natureza.
A partir de inícios do Séc. XXI começa-se a a dar mais importância à ALV no sentido de puder responder e viver numa Europa competitiva e dinâmica.
O Memorando da Comissão Europeia de 2000 sobre a ALV  indica que os próprios indivíduos são os actores principais das sociedades do conhecimento. Acima de tudo o que conta é a capacidade humana para criar conhecimento e de o usar de forma eficaz e inteligente em contexto de continua mutação.
Assim ao falarmos em Aprendizagem ao Longo da Vida falamos de ensino e aprendizagem adaptados à nossa sociedade em mudança constante já que um dos grandes objectivos é promover uma cidadania activa e fomentar a empregabilidade.

Objectivos Estratégicos para a Sociedade do Conhecimento (resumo da aula/debate virtual II)

O conceito de estratégia nunca foi tão importante como nos dias de hoje. Em latus sensu, estratégia é a definição de grandes objectivos e linhas de acção estabelecidas a nível governamental ou a nível mais restrito.
Foram delineados três objectivos estratégicos para a construção da sociedade do conhecimento:

1º Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e formação da U.E.
Este objectivo pretende sobretudo uma aposta na formação de professores e formadores com o objectivo de melhorar a educação, passando pela utilização de tecnologias mais complexas.

2º Facilitar o acesso de todos aos sistemas de educação e formação.
Objectivo em que se pretende desenvolver um ambiente de abertura à aprendizagem, tornando o processo de ensino aprendizagem mais atractivo e aliciante e ao alcance de todos de forma igualitária.

3ª Abrir ao mundo exterior os sistemas de educação e formação.
E assim reforçar as relações com o mundo do trabalho, a investigação e a sociedade, preparando os alunos para o mercado empresarial e para a conexão com o exterior.
Estes três objectivos são fundamentais para a construção da sociedade do conhecimento.
Directrizes emanadas pelo conselho europeu vieram reforçar a importância do desenvolvimento global da sociedade, mais especificamente dos estados membros e da necessidade de readaptar os sistemas de educação e formação de modo a atingir a proposta de:
  • realização pessoal e desenvolvimento ao longo da vida;
  • cidadania activa e a inclusão;
  • empregabilidade.
Todas estas estratégias de nível europeu para a criação da sociedade do conhecimento, são tão simplesmente a uniformização de ideias estruturantes e estruturais exequíveis. Para isso haverá sempre a necessidade de uma boa articulação entre todas as hierarquias de aplicação desses princípios.


Os sistemas de Educação e a Sociedade do Conhecimento (resumo da aula/debate virtual III)

Para além da diversidade sócio cultural, existe a liderança de supremacia na elaboração e condução do programa educativo., que pode não ser posta de lado no  momento em que reflectimos sobre a construção da sociedade do conhecimento e da eficácia de cada sistema educativos, diante deste novo paradigma epistémico. É importante perceber que os sistemas educativos são parte de uma rede de sistemas bastante mais ampla.
A educação e a formação, o trabalho e o emprego, a coesão e a inclusão social são referenciados desde o Conselho Europeu de Estocolmo como fundamentais para o crescimento da Europa. O fomento da inovação, da competitividade e da educação e formação, ou seja, a modernização dos sistemas de ensino.
Delors refere que: o desenvolvimento de um país supõe, em particular, que na sua população activa se saiba utilizar tecnologias complexas e dê prova de criatividade e espírito de adaptação, atitudes que dependem  em grande parte do nível de formação inicial das pessoas. O investimento educativo é assim fundamental para todo o desenvolvimento a longo prazo.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Comercialização da alma?

Hoje tudo parece indicar que vivemos sob um amplo processo de democratização de informações. Apregoa-se pelos quatro cantos do mundo que, graças à globalização e ao avanço da tecnologia, vivemos na "sociedade do conhecimento", aquela da "geração @", na qual as qualidades essenciais ao indivíduo são a flexibilidade, a inteligência técnica, a rapidez e a fluidez na busca da informação sempre disponível e, acima de tudo, a capacidade de transformar esse conhecimento em mercadoria de fácil circulação. Essa "comercialização da alma", na expressão de Robert Kurz (2001), movimento irresistível, se fortalece a cada dia, assumindo a dimensão de um fenómeno abrangente, elevado a uma espécie de culto, a uma verdadeira apologia ao livre acesso ao conhecimento.
A sociedade passar a ter o conhecimento como uma mercadoria a ser oferecida ao mercado, e com isso entramos de vez em uma sociedade do conhecimento, onde os indivíduos travam batalhas diárias, a fim de sobreviverem no mercado de trabalho, nas relações afetivas, académicas entre outras da interação social.
A sociedade do conhecimento está voltada para a produção intelectual, com uso intensivo das tecnologias da informação e comunicação. De acordo com os registos nesses documentos: "o conhecimento – e não os simples dados digitalizados – é o recurso humano, económico, e sócio-cultural mais determinante na nova fase da história da humanidade".
Com a expressão sociedade aprendente pretende-se inculcar que a sociedade inteira deve entrar em estado de aprendizagem e transformar-se numa imensa rede de ecologias cognitivas". Supera-se a era de produção dos bens materiais e estas mudanças paradigmáticas ocorrem na sociedade como um todo, inclusive e principalmente nas instituições de ensino. Encontramos-nos agora dentro de uma nova realidade mundial, onde a economia é baseada no conhecimento, acabando por deslocar o eixo da riqueza e do desenvolvimento de setores tradicionais, como os industriais - intensivos em mão-de-obra, matéria-prima e capital – para setores cujos produtos, processos e serviços são intensivos em tecnologia e conhecimento, o valor dos produtos depende cada vez mais da percentagem de inovação, tecnologia e inteligência a eles incorporados. Podemos formar ‘organizações de aprendizagem' nas quais as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente desejam, onde surgem novos e elevados padrões de raciocínio, onde a inspiração coletiva é libertada e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender em grupo.

Características da sociedade do conhecimento



A SC tem como principais as seguintes características:
  • educação orientada para aprender a aprender;
  • processo de aprendizagem social. Conhecimento que cria ou fortalece capacidades e habilidades nas pessoas, comunidades e organizações que o apropriam;
  • processo de apropriação social do conhecimento , onde o mesmo se converte num bem público - o capital social;
  • pensamento estratégico e prospectivo. A compensação da mudança, a projecção de tendências dinâmicas e a identificação de aspectos críticos e estratégicos no processo de geração do conhecimento.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Blended Learning


Ensino a distancia versus ensino presencial.

 Ensino a distancia  versus ensino presencial.
Embora a oposição possa ser útil, é necessário ter em mente que há diversas possibilidades de combinação das duas modalidades de educação, o que resulta no ensino semipresencial, também denominado blended learning ou ensino híbrido (TORI, 2009).
O verbo inglês blend significa misturar, combinar. Esta forma de ensino, portanto, combina estudos presenciais e a distância. O termo blended learning pode ser empregue tanto quando aulas presenciais são combinadas com actividades a distância ou para o sentido inverso, quando um curso em EaD requer aulas, encontros ou aulas presenciais.
Tori (2009, p. 121) defende que: 
A convergência entre virtual e real tem sido discutida há algum tempo (Tori e Ferreira, 1999), (Tait e Mills, 1999), (Moran, 2002) e Tori(2003). Mais recentemente, essa abordagem tem se popularizado, e o termo blended learning começa a consolidar-se. Com essa abordagem, os educadores podem lançar mão de uma gama maior de recursos de aprendizagem, planeando actividades virtuais ou presenciais, levando em consideração limitações e potenciais que cada uma apresenta em determinadas situações e em função de forma, conteúdo, custos e resultados pedagógicos desejados.
É importante ressaltar que a actividade a distância não precisa necessariamente ser realizada online ou mediada por modernas tecnologias de informação e comunicação. Em outras palavras, o blended learning não implica obrigatoriamente em integrar actividades presenciais com actividades online. As
actividades a distância poderiam ser realizadas por materiais impressos, TV,rádio, entre outras possibilidades.